BEM-VINDOS!

Sejam muito bem-vindos ao MINISTÉRIO MISSIONÁRIO IGOR CHASTINET, porque:

"Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus" (Mateus 4.4).

Espero que sua estadia por aqui possa ajudá-lo a crescer ainda mais na fé e no conhecimento da vontade de Deus através de Sua Palavra revelada!

Que Deus abençoe ricamente sua vida!

domingo, 20 de setembro de 2009

Os Tipos de Cristãos

por Igor Chastinet
(igorjcpinho@gmail.com)

“Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus...”
(Hebreus 5.12)

Cristão Carnal vs. Cristão Espiritual

A Bíblia descreve dois tipos de cristão: o espiritual e o carnal. O cristão carnal é o cristão imaturo, que demonstra pouco ou nenhum interesse pelas coisas espirituais. Conseqüentemente este tipo de cristão é controlado por suas próprias vontades naturais, ou seja, é controlado pela sua natureza humana decaída. Por outro lado, o cristão espiritual é o cristão maduro. O cristão espiritual é aquele que segue as orientações do Espírito Santo que nele habita. Esse cristão passou pelo processo do “novo nascimento” descrito por Jesus (João 3.5), o qual é fundamental para entrada do homem no Reino de Deus. O cristão espiritual possui uma mente transformada pelo Espírito de Deus (Romanos 12.2).

Identificando os tipos de Cristãos

O apóstolo Paulo identificou alguns dos cristãos imaturos da igreja de Corinto, quando escreveu: “E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo” (1 Coríntios 3.1). Logo em seguida ele citou algumas características dos cristãos carnais: inveja, brigas e divisões (vers. 3). Umas das características de uma criança imatura é que ela costuma agir com brigas e protestos, do tipo: “eu sou melhor que você!” ou “meu pai é melhor que o seu!”. Muitos cristãos imaturos agem da mesma forma. É possível observar nas igrejas de hoje uma “disputa” entre os cristãos para ver qual o melhor, o mais sábio e influente pregador. Isto é um sinal claro de imaturidade espiritual. Aquele que procede assim está dividindo o corpo de Cristo, causando prejuízos a obra de Deus.

Certa ocasião, o apóstolo Paulo repreendeu alguns cristãos na igreja de Corinto por procederem exatamente desta forma. Alguns diziam: “eu sou de Paulo!”, outros “eu sou de Apolo!”, e ainda outros “eu sou de Cefas!” (1 Coríntios 1.12). Atitudes assim apenas causam divisão na Igreja. Ora, é justo dizer que Paulo, Apolo e Cefas (Pedro) eram grandes pregadores do evangelho, grandes homens de Deus, mas, apesar disso, eram apenas homens. Ainda hoje alguns cristãos não têm maturidade suficiente para entender e reconhecer que Deus é quem trabalha em todos, e que nenhum homem merece o louvor que pertence somente ao Senhor. Por isso Paulo classificou estes tipos de cristãos como "meninos espirituais".

O cristão espiritual reconhece que o mérito por seus feitos pertence exclusivamente ao Senhor. O apóstolo Paulo reconheceu a sua limitação humana e de seus companheiros, dizendo: “Pois quem é Paulo e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um?” (1 Coríntos 3.5). Paulo reconheceu que ele e Apolo eram ministros do Evangelho e servos de Deus, e que cada um tinha igual importância para o crescimento da igreja. Reconheceu que apesar de terem dons diferentes, ambos deveriam trabalhar em conjunto. Paulo sabia que os dons que ele possuía provinham de Deus, e não dele mesmo, por isso não havia lugar para orgulho (1 Coríntios 4.7).

O cristão maduro sabe que nenhum dom espiritual é melhor que o outro, pois todos são operados pelo mesmo Espírito, o Espírito Santo (1 Coríntios 12.4). O que muda de um servo de Deus para outro são os ministérios, ou seja, a sua função na Igreja de Cristo: “E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo” (1 Coríntios 12.5). A Bíblia diz que a Igreja é o Corpo de Cristo (Efésios 1.23). Todo corpo é formado por um conjunto de membros interdependentes. Assim como no corpo humano, nenhum membro pode sobreviver sem a ajuda do outro. Semelhantemente, na Igreja todos devem trabalhar em conjunto para que todo o Corpo possa crescer saudável. Ora, se dois pés derem um passo ao mesmo tempo, logicamente que todo o corpo irá desabar. Assim também funciona a Igreja saudável, todos dependem um do outro. Se todos não trabalharem em sincronia, todos serão prejudicados juntos.

Os motivos que levam a imaturidade espiritual

O motivo principal de muitos cristãos serem imaturos na fé deve-se a má nutrição espiritual, isto é, alimentação inadequada ou insuficiente. Estes cristãos dedicam muito pouco tempo diário à leitura e meditação nas Escrituras. Ingerem poucas “calorias espirituais” por dia, por isso tornam-se espiritualmente desnutridos. Devido à sua alimentação defasada, com falta de nutrientes espirituais fundamentais em sua dieta, não se desenvolvem espiritualmente. Infelizmente, existem muitos cristãos que estão seguindo Jesus há anos, entretanto, a constante “preguiça espiritual” os impedem de orar e examinar as Escrituras diariamente. Essa falta de disposição faz com que permaneçam eternamente como bebês espirituais, não alcançando a maturidade espiritual compatível com o seu tempo de fé.

O escritor de Hebreus sabia que muitos cristãos já tinham tempo de fé suficiente para terem se tornado mestres, ensinando as Escrituras a outros (Hebreus 5.12). Mas, apesar de estarem na igreja há bastante tempo, jamais saíam do “leite espiritual”: “Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino” (Hebreus 5.13). Este tipo de cristão é carnal e não possui um entendimento aprofundado da Palavra. Devido a sua desnutrição espiritual, o cristão carnal depende de seu próprio raciocínio humano para tomar suas decisões diárias. O cristão carnal não consegue fazer diferenciação entre o santo e o profano, ou seja, não consegue diferenciar as coisas que agradam a Deus das que O desagradam. Já o homem espiritual, discerne bem tudo (1 Coríntios 2.15).

Devido aos cristãos preguiçosos serem muitos, o escritor da epístola aos Hebreus fez um sério alerta quando escreveu: “... e vos haveis feito tais que necessitais de leite e não de sólido mantimento (Hebreus 5.12)”. Aí está revelado o motivo de muitos cristãos estacionarem na fé, não podendo ingerir um alimento espiritual mais sólido por causa de sua negligência espiritual. Estes cristãos não crescem espiritualmente devido a falta de compromisso com Deus, pois ainda não renunciaram ao tempo para dedicarem-se as coisas do alto (Colossenses 3.2).

O cristão carnal ou imaturo ama as coisas do mundo achando que “não há nada de mal” em dedicar-se aos entretenimentos e diversões mundanas. Não entende porque estas coisas ofendem a Deus, por isso correm o risco de se destruírem espiritualmente. Devido a sua imaturidade e falta de conhecimento das Escrituras, não sabem que os cristãos são apenas peregrinos nesta terra (Hebreus 11.13) e que os verdadeiros filhos de Deus devem “morrer” e “renunciar” ao mundo (Gálatas 6.14; 1 João 2.15).

Os cristãos espirituais vivem pelo Espírito de Deus, por isso possuem grande discernimento espiritual. Sabem diferenciar o evangelho genuíno de falsas doutrinas humanas (Efésios 4.14). Estes não são insensatos, pois entendem verdadeiramente qual a vontade de Deus. O apóstolo Paulo advertiu: “Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor” (Efésios 5.17). Os cristãos espirituais oram constantemente e mantêm um relacionamento íntimo com Deus, por isso não são enganados pelo espírito do mundo, o espírito que opera nos “filhos da desobediência” (Efésios 2.2).

Infelizmente, os que não levam a vida cristã a sério, correm o risco de serem deixados para trás quando Jesus voltar para buscar a Sua “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Efésios 5.27). Apenas irão subir com o Senhor os que realmente renunciaram a si mesmos, morreram para o mundo e tomaram sua cruz, assim como Jesus determinou (Marcos 8.34).

“... porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida,
e poucos há que a encontrem”
(Mateus 7.14).

Igor Chastinet.

sábado, 8 de agosto de 2009

Obediência a Deus: A Chave de uma Vida Próspera

por Igor Chastinet
(igorjcpinho@gmail.com)

“E qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos o que é agradável à sua vista”.
(1 João 3.22)

As Escrituras claramente revelam que a obediência a Deus é a chave para uma vida próspera. O apóstolo João sabia que se estivéssemos dentro da vontade de Deus, poderíamos pedir tudo o que quiséssemos que Deus nos concederia. Mas muitos podem perguntar: “Se isto é verdade, então por que existem pessoas que não crêem nem obedecem a Deus e são ricas?”. Os que pensam desta forma desconhecem o verdadeiro significado da palavra “prosperidade”. A verdadeira prosperidade não consiste apenas em possuir riquezas materiais. A prosperidade vinda de Deus é muito mais do que a simples posse de bens materiais.

Será que uma pessoa abastada financeiramente, mas que não consegue dormir direito devido a sérios problemas familiares, pode ser considerada próspera? Certamente que não. Esta não é a verdadeira prosperidade da qual as Escrituras se referem. A prosperidade bíblica nem sempre está associada a muitas riquezas materiais, mas envolve principalmente a parte espiritual, que tem a ver com o nosso relacionamento pessoal com Deus. Podemos afirmar que uma pessoa que realmente vive segundo a vontade de Deus não passa pela maioria dos problemas que as pessoas comuns passam.

Por exemplo, uma pessoa obediente a Deus jamais terá seu casamento arruinado devido a sua infidelidade matrimonial. Por outro lado os que não se aproximam de Deus tendem a ser dominados por seus maus desejos pecaminosos. Problemas conjugais são comuns nos que vivem distante de Deus. Geralmente as pessoas que não praticam uma vida cristã saudável, que não oram diariamente pedindo por graça e transformação, são dominadas por suas vontades naturais. Por isso muitos não conseguem resistir às tentações diárias, que são comuns a todos os seres humanos. Jesus disse que se não mantivermos uma vida de oração, não seremos capazes de vencer as tentações provenientes da natureza humana (Mateus 26.41).

Jesus Cristo disse que Deus é um bom Pai e que Ele quer nos dar tudo o que é bom para nós (Mateus 7.11). Porém, se não andarmos segundo os Seus conselhos, infelizmente o sofrimento será algo inevitável. A obediência a Deus nos livra de muitos problemas. Se analisarmos atentamente a sociedade moderna não será difícil percebermos que as famílias estão se desfazendo e perdendo seus valores a cada dia que passa. O mundo caminha para a autodestruição. Jesus disse que tudo isto é o resultado do pecado, ou seja, de uma vida contrária a vontade de Deus (Mateus 24.12). Se as pessoas verdadeiramente obedecessem a vontade de Deus, certamente não passariam por tantos infortúnios no decorrer de sua breve existência.

Jesus disse algo muito importante: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou a casa sobre a rocha (Mateus 7.24). Jesus revelou o segredo de uma vida verdadeiramente próspera. Para que possamos alcançar uma vida que qualidade superior é necessário colocarmos os ensinamentos de Jesus em prática todos os dias. Foi justamente para isto que Deus enviou Seu Filho ao mundo, para nos ensinar a viver uma vida abundante. Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância (João 10.10). Vida abundante significa atentarmos para a Palavra de Deus, que nos livra do mal trazendo a prosperidade genuína. Vida abundante significa vivermos em total obediência a vontade de Deus.

O próprio Jesus declarou que a obediência é a chave: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (João 15.7). Para que as nossas petições sejam atendidas é necessário estarmos com a vida alicerçada nas Palavras de Cristo. E o que mais poderia significar a palavra “cristão”, senão ser imitador de Cristo? Infelizmente muitos “cristãos” não vivem uma vida realmente cristã, isto porque ainda não se submeteram totalmente a Jesus Cristo. A maioria não se interessa em aprender mais sobre a vontade de Deus, meditando nos ensinamentos registrados nas Escrituras (2 Timóteo 3.16). Jesus disse que aqueles que o amam de verdade são aqueles que guardam os Seus mandamentos (João 14.15), e que aqueles que são de Deus meditam em Suas Palavras (João 8.47).

Diante de tudo o que foi exposto acima podemos concluir que a obediência a Deus é a chave para uma vida verdadeiramente próspera. A obediência a Palavra de Deus nos ajuda e evitar tristezas e tragédias causadas por decisões e escolhas erradas. Se todos vivessem de acordo com a vontade do Pai Celestial veríamos outra realidade no mundo. Não veríamos tantas desigualdades sociais, não haveria tanta impiedade e egoísmo, nem guerras. Porém os que já entregaram suas vidas a Deus vivem uma vida diferente. Estes alcançaram a sabedoria vinda do alto, pois se desviam do mal e fazem o que é certo.

Os que não tomaram a decisão de entregar suas vidas a Deus, ainda podem mudar sua história. Estes ainda podem render-se a Ele passando a viver uma vida de obediência. Deus nos ama, por isso enviou Seu Filho para pagar o preço pelos nossos pecados (Romanos 5.8). Jesus morreu para abrir nossos olhos para a verdade. Ele ainda está trabalhando a nosso favor: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (João 5.17). Jesus continua oferecendo alívio a todos os que se sentem cansados e sobrecarregados pelos problemas que nós mesmos causamos (Mateus 11.28-30). Jesus jamais rejeitará aqueles que verdadeiramente se voltam para Deus, buscando perdão e transformação.

Não há coisa melhor do que viver em obediência ao Deus-Todo-Poderoso e deixar que o Seu amor transforme as nossas vidas para sempre. Jesus nos ama mais do que qualquer coisa. Em algum ponto de nossas vidas Ele aparece para nos dar a oportunidade da salvação, mas infelizmente não pode tomar essa decisão em nosso lugar. Nós devemos aceitá-lo por nós mesmos. Porque não parar de caminhar sozinho e aceitá-Lo? Reconheça hoje Jesus como seu salvador, creia em seu coração que Deus O ressuscitou dos mortos, então você será salvo e sua vida será transformada (Romanos 10.9).

Jesus disse: “Todos aqueles que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira
nenhuma o lançarei fora”
(João 6.37).

Igor Chastinet.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O Fruto do Espírito Santo: Refletindo o Caráter de Deus

por Igor Chastinet
(igorjcpinho@gmail.com)


“Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos”.
(João 15.8)

Estas palavras foram ditas por Jesus aos seus discípulos. Portanto, de acordo com as palavras do Senhor, é preciso que aqueles que se consideram cristãos produzam fruto para Deus. Na verdade apenas afirmar que cremos em Deus não é suficiente para agradar ao Pai. Precisamos ser árvores frutíferas para que Deus seja glorificado através de nossas vidas. Mas, biblicamente, o quê significa “produzir fruto”? Primeiro precisamos entender o que é um fruto. Bem, logicamente que um fruto é o resultado de uma semente. Mas que tipo de semente seria essa? O próprio Jesus revelou que essa semente é a Palavra de Deus, a qual é plantada no coração do cristão no momento de sua conversão.

Aqueles que conhecem as Escrituras Sagradas sabem que o Senhor Jesus, numa de Suas muitas pregações públicas, demonstrou como essa semente (a Palavra de Deus) é plantada no coração do homem (Mateus 13.3-23). Nesta ocasião Jesus comparou o mundo a um grande “campo” onde sementes foram plantadas. A forma com que cada pessoa recebe a mensagem de Deus em seu coração determina se essa semente irá produzir fruto ou irá morrer devido à má qualidade da terra. Aquele que recebe a mensagem do Evengelho, crê e coloca em prática o que ouviu, demonstra que a semente da Palavra foi plantada em terra fértil. Essa pessoa tipifica o verdadeiro filho de Deus.

A pessoa que recebe a mensagem de Deus corretamente, cuidando e regando a semente que foi plantada, certamente, no tempo certo, irá produzir muito fruto para Deus. Isto quer dizer que esta pessoa irá ter uma vida controlada pelo Espírito Santo, refletindo diariamente o caráter de Deus em sua vida. Produzir fruto para Deus significa permitir que o Espírito Santo nos encha e transforme a ponto de provocar uma revolução em nosso viver. Significa brilhar perante o mundo! Jesus disse: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai...” (Mateus 5.16). Devemos permitir que a luz de Deus brilhe em nós, para que desta forma os homens possam perceber que obedecer a Deus é a coisa mais sábia a se fazer.

O Senhor Jesus nos revelou que aquele que não estiver andando continuamente em Sua presença não produzirá o fruto do Seu Espírito. E mais, infelizmente o tal ainda correrá o risco de ser jogado no fogo eterno. Jesus afirmou solenemente: “... quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem” (João 15.5,6). Porém, os que andarem a Seu lado diariamente serão como árvores que produzem frutos no tempo certo (Salmo 1.3). Por isso todos os cristãos devem orar a Deus para que Sua Palavra gere fruto em suas vidas, para que assim Ele seja glorificado.

A Bíblia nos fala sobre o “andar na carne” e o “andar em Espírito”. Andar em Espírito é justamente permitir que o Espírito Santo produza o fruto (caráter) de Deus em nossas vidas. Andar em Espírito é andar em obediência a Deus, vigiando para que não sejamos traídos por nossa natureza pecaminosa. Andar em Espírito é permitir que o caráter de Deus reflita em nós, assim como um espelho (2 Coríntios 3.18). Jesus nos chama para que sejamos espelhos de Deus diante de um mundo alheio a Sua vontade.
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Infelizmente, este mundo atual está dominado por forças malignas. Basta ligarmos a TV para constatarmos que algo está muito errado com as pessoas. Os homens estão matando uns aos outros. Coisas como estas nos levam a perguntar a nós mesmos: “Onde está Deus que não faz nada?”. Mas o que poucos percebem é que Deus e Seu Filho Jesus estão trabalhando duro para mudar isso. Jesus disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (João 5.17). A verdade é que Jesus continua enviando Seus servos para pregar a mensagem da salvação por todo o mundo. Jesus continua dizendo aos Seus discípulos: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15). Os homens precisam compreender que a culpa dos males que ocorrem no mundo não é de Deus, mas deles mesmos. A grande maioria dos homens prefere ignorar a mensagem de Deus, por isso estão sofrendo as conseqüências de seus próprios atos. Mas Deus, por ser bom e misericordioso, enviou Jesus para nos resgatar deste mundo mau (Gálatas 1.4).

A Bíblia diz que o Senhor Jesus morreu em nosso lugar para que não soframos mais a justa condenação que infelizmente merecemos por nossos erros (Romanos 5.8). Jesus quer fazer dos homens “novas criaturas” (2 Coríntios 5.17). Mas para que Jesus possa realizar a transformação em nossas vidas, é preciso que nos conscientizemos de nossos erros (pecados), voltando-nos para o Pai através da conversão. O apóstolo Pedro declarou: “Arrependei-vos e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados” (Atos 3.19). Porém a conversão deve ser verdadeira, e não somente “da boca pra fora”. O apóstolo Paulo revelou: “Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em virtude” (1 Coríntios 4.20). Percebemos diante dessa declaração que ser cristão não é apenas falar de Deus, mas principalmente agir conforme Sua Palavra. Todo verdadeiro cristão deve buscar em Deus o fruto do Espírito Santo, pedindo para que Ele possa nos transformar de “dentro para fora”.

A Bíblia nos revela quais são os frutos do Espírito Santo. O apóstolo Paulo escreveu: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, delicadeza, bondade, fidelidade, humildade, domínio próprio” (Efésios 5.22). Como vimos, o fruto do Espírito passa a ser produzido na pessoa que se entrega a Deus e permite que Ele a controle. Tal pessoa passa pelo processo chamado por Jesus de “o novo nascimento” (João 3.5), processo que também é realizado pela ação do Espírito Santo.

Não há coisa melhor do que permitir que o Deus-Todo-Poderoso produza o seu caráter em nós, transformando as nossas vidas para sempre. Jesus nos ama mais que qualquer coisa. Em algum ponto de nossas vidas Ele aparece para nos dar a oportunidade da salvação, mas infelizmente não pode tomar essa decisão em nosso lugar. Nós devemos aceitá-lo por nós mesmos. Porque não parar de caminhar sozinho e aceitá-Lo? A Bíblia diz que, para que sejamos salvos, devemos confessar Jesus com a boca e crer no coração que Deus o ressussitou dos mortos (Romanos 10.9). Jesus promete uma vida abundante para aqueles que o seguirem (João 10.10). Jesus faz um convite a todos nós dizendo:

“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”.
(Apocalipse 3.20)

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”.
(Mateus 11.28)


Que a paz de Deus seja abundante em todos nós!


Igor Chastinet.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Guerra Espiritual: Uma Guerra Invisível

por Igor Chastinet
(igorjcpinho@gmail.com
)

“Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”
(Efésios 6.12)


Realmente existe uma luta pessoal entre Deus e o diabo?

Pelo menos não exatamente. Esta visão distorcida permeia o cristianismo há vários séculos. Muitas pessoas crêem que existe uma luta pessoal entre Deus e o diabo. Porém, esse conceito está no mínimo distorcido ou mal colocado. Como podemos ler acima, as Escrituras deixam claro que a realidade espiritual não é exatamente esta. A Bíblia revela que a luta que está sendo travada não é pessoalmente entre Deus e o diabo, pois Deus não conhece inimigo à altura para desafiá-Lo, já que o Seu poder é infinitamente superior. Mas na realidade a luta é entre a Igreja e o diabo. Em outras palavras, a realidade da guerra espiritual é esta: homens vs. hostes espirituais do mal.

A Bíblia revela que Deus permite esta guerra acontecer. Diante disso certamente muitos pensarão: “Se Deus é mais poderoso que o diabo, então por que Ele não dá um fim a essa guerra tão terrível?”. Simplesmente porque não foi Ele quem a começou. Esta guerra foi iniciada por pessoas que rejeitaram a sabedoria de Deus e foram atrás de seus próprios planos, por isso o inimigo adquiriu “legalidade” para influenciar e às vezes até mesmo controlar a vida dos que preferiram abandonar seu Criador. Apesar disso Deus limita a ação do inimigo, segundo Seus propósitos.

Porém, no tempo determinado pela Sua sabedoria Deus intervirá e porá um ponto final nesta guerra, dando a vitoria final aos que se arrependeram de seus caminhos egoístas, aproximaram-se Dele e permaneceram fiéis a Sua vontade. Até lá devemos usar o poder de Deus como escudo, permanecendo alerta contra os ataques do inimigo.

O efeito desta visão distorcida no meio cristão

Devido a esse conceito equivocado de que a guerra é entre Deus e o diabo, e que nada temos a ver com esta peleja, muitas pessoas que se consideram cristãs pensam que não precisam se preocupar com ela, crendo que Deus as protegerá a despeito de seu estilo de vida. Estes estão enganados por não conhecerem as Escrituras. Ora, se muitos vivem em desarmonia com a Palavra de Deus e na grande maioria das vezes não agem segundo o Seu padrão de santidade, nada mais natural do que sofrerem as conseqüências dessa rebeldia. Deus não tem obrigação de proteger aqueles que preferem viver em desobediência a Sua vontade, pois a todos Ele deu o direito de livre escolha.

Devido à ignorância em relação à nossa realidade decaída e da guerra espiritual que está sendo travada contra os homens, muitos cristãos levam uma vida espiritualmente derrotada e nem mesmo sabem o motivo de tanto sofrimento. É bem verdade que a vida do cristão não consiste somente em vitórias e triunfos, pois Jesus alertou que os cristãos passariam por aflições enquanto vivessem neste mundo alheio a Deus (João 16.33). Mas daí a viver uma vida de constante sofrimento é algo que foge totalmente a vontade de Deus. O cristão pode até passar por momentos difíceis em sua caminhada, mas não deve viver assim. “Passar” significa momento e não um estado prolongado ou definitivo. A Bíblia declara que os verdadeiros filhos de Deus são pessoas vitoriosas (Romanos 8.28).

Um dos motivos do sofrimento humano se dá pela ignorância generalizada de que existe em torno da realidade da guerra espiritual. Segundo a Bíblia, existem guerras no mundo sendo travadas não somente na área física (as quais podemos ver com os olhos naturais), mas também existem grandes conflitos sendo travados na esfera espiritual. Por isso são invisíveis aos olhos humanos. Aqueles que não tomarem as armas que Deus nos oferece continuarão sendo atingidos inadvertidamente. As Escrituras revelam: “Porque as armas da nossa batalha não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas” (2 Coríntios 10.4). De acordo com esta passagem bíblica, as armas que devemos usar nessa guerra não são carnais, mas sim espirituais. Ora, se a guerra é espiritual, logicamente que só é possível vencê-la com armas igualmente espirituais. Obviamente que é impossível atingir um inimigo invisível usando armas físicas. Somente as armas espirituais têm o poder de destruir as fortalezas satânicas.

As armas que Deus oferece aos Seus Filhos

A Bíblia claramente revela que apesar de Deus permitir a guerra espiritual contra a Igreja, Ele não nos deixa na mão. Apesar de a guerra espiritual ser entre os homens e o diabo, Deus jamais fica de fora das batalhas. Isso porque é o próprio Deus quem nos concede as armas para usarmos nessa guerra. Está escrito: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Efésios 6.11). Deus quer que sejamos vitoriosos, e para sermos bem sucedidos nesta batalha devemos nos vestir da poderosa armadura espiritual, para que assim possamos resistir aos ataques desses seres malignos.

Sendo a guerra espiritual uma realidade para todos os homens, não podemos permanecer inertes a ela. Apesar de não podermos fugir dela, Jesus nos disse algo muito importante: “Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo, e nada vos fará dano algum” (Lucas 10.19). Se observarmos o contexto desta passagem, veremos que os discípulos de Jesus voltavam felizes de uma “missão”, revelando a Jesus que os demônios os obedeciam sempre que eles invocavam o Seu nome (Lucas 10.17). Em Marcos 16.17, Jesus disse que estes sinais seguiriam os que cressem em Suas Palavras.

Poucos cristãos conhecem a autoridade que possuem sobre as forças espirituais do mal, isso se deve ao pouco conhecimento das Escrituras Sagradas. Jesus falou acerca da realidade espiritual não para nos assustar, mas para que pudéssemos estar alertas conta seus ataques. Talvez seja por isso que muitas pessoas vivem espiritualmente oprimidas, dominadas por depressões profundas, desânimo constante e sentimento de vazio interior. Jesus disse que o diabo é real e está ativo no mundo. Porém, como vimos acima, o Senhor Jesus nos concedeu autoridade sobre os demônios. É como se Jesus nos passasse uma “procuração espiritual”, nos concedendo autoridade de expulsar o mal de nossas vidas. De acordo com a Bíblia, existem hostes da maldade guerreando contra os homens. Poucos sabem, mas há poder espiritual no nome Santo de Jesus. Devemos usar essa autoridade para repreender diariamente toda interferência satânica em nossas vidas, ou continuaremos sendo vítimas desses seres.

Mas por que será que muitas pessoas, inclusive cristãos fiéis, ainda desconhecem ou ignoram a realidade da guerra espiritual? Novamente alerto que isso se deve ao fato de que muitos não estão dando a devida atenção as Escrituras Sagradas. De outro modo certamente se preparariam para as batalhas espirituais, fazendo o que o apóstolo Paulo sugeriu séculos atrás: “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes” (Efésios 6.13). Pouco adianta afirmar que cremos em Deus se não cremos em todas as Palavras que Seu Filho revelou. Na guerra espiritual devemos estar constantemente alertas e vigilantes.

Compreendendo a Batalha Espiritual

Todos os cristãos devem conscientizar-se de que estão envolvidos numa guerra contra as hostes do mal, que habitam nas regiões espirituais (Efésios 6.12). Todo cristão deve saber que sua vida com Cristo é um campo de batalha. E como essa guerra é travada somente em nível espiritual, não é possível enxergá-la com nossos olhos carnais, mas somente pelos olhos espirituais. Apesar de ser uma guerra invisível, se observarmos o que se passa neste mundo, é possível notar que ela é bem real e ativa. Se ligarmos a TV por alguns momentos, observaremos um mundo alheio a Deus e dominado pelo mal, isto é reflexo direto da ação de satanás na vida das pessoas.

Como podemos notar, existe uma batalha espiritual em andamento nas regiões celestiais. E todos os homens, conscientemente ou não, diretamente ou indiretamente, participam desta batalha. Por isso devemos tomar as armas que Deus nos oferece para que assim não sejamos derrotados. O “x” da questão é que a verdadeira guerra que devemos travar não é contra “carne e sangue”. Isto quer dizer que não adianta guerrearmos uns contra os outros, pois a real guerra que devemos travar não é humana, mas espiritual. Os homens devem mudar o foco e guerrear contra o verdadeiro inimigo: satanás. Devemos unir forças para guerrear usando o poder espiritual que Jesus nos concedeu, desfazendo as obras do mal em nossas famílias e na vida das pessoas com as quais convivemos.

Para enfrentarmos as batalhas diárias, devemos pedir ao Espírito Santo que nos “vista com a armadura de Deus” para que possamos neutralizar as setas malignas que são disparadas constantemente contra nós e nossas famílias. O apóstolo Paulo nos mostra a lista dessas armas e acessórios (Efésios 6.10-18):

1- O cinturão da verdade (vers. 14).
2- A couraça da justiça (vers. 14b).
3- Os sapatos da pregação do evangelho de Cristo (vers. 15).
4- O escudo da (vers. 16).
5- O capacete da salvação (vers.17).
6- A espada do Espírito, que é a Palavra de Deus (vers. 17b).

Se observarmos toda a lista de Efésios 6.10-18, perceberemos que temos disponível outra importante e poderosa arma para usarmos na guerra espiritual. O uso desta arma é fundamental no campo de batalha em que estamos inseridos. Esta arma chama-se: oração (vers. 18). Devemos fazer orações não somente a nosso favor, mas também em favor das pessoas que conhecemos e que se encontram presas a uma vida destrutiva e contrária a vontade de Deus, escravizados por espíritos malignos. Devemos usar a oração como “arma de ataque” para que o poder de Deus possa operar através de nós. Sem uma vida de oração não haverá vida espiritual vitoriosa (Colossenses 4.2).

Os três maiores inimigos dos cristãos

Na guerra espiritual, todos os cristãos enfrentam três grandes inimigos: o mundo, a carne e o diabo (Efésios 2.1-3). O “mundo” refere-se ao estilo de vida pecaminoso que podemos observar ao nosso redor, que se opõe diretamente a Deus e Seus padrões de conduta. A “carne” são as vontades corrompidas de nosso corpo, ou seja, é a natureza humana pecaminosa, que por si só é incapaz de agradar a Deus e obedecer-Lhe (Romanos 8.7,8). A “carne” é a nossa natureza pecaminosa decaída, herdada de Adão (Romanos 5.12).

Quem é o diabo (ou satanás)?

O “diabo” é o principal inimigo dos homens. Ele é o líder das hostes malignas, o primeiro a se rebelar contra Deus, ainda antes de o homem ser criado. O diabo possui vários nomes (satanás, belial, belzebu, etc.). Cada nome que a Bíblia lhe dá significa uma característica de sua personalidade. A palavra “diabo” significa “acusador”. Essa é uma das suas principais características, o diabo nos tenta a pecar e depois nos acusa diante de Deus, para que soframos a condenação. “Satanás” significa “adversário”, pois ele é inimigo de todos os homens, tentando prendê-los a uma vida destrutiva e pecaminosa (2 Timóteo 2.26). Jesus disse que Satanás age com um tríplice propósito: matar, roubar e destruir (João 10.10).

O diabo é chamado de “tentador” e “homicida” (Mateus 4.3; João 8.44). A Bíblia compara o diabo a um leão que ruge, que anda ao derredor procurando “brechas” na vida dos que não se submetem a Deus, para levá-los a destruição (1 Pedro 5.8). Ele também é comparado a uma serpente devido a sua astúcia, malícia e sagacidade (Gênesis 3.1). A Bíblia também diz que às vezes o diabo se disfarça de “anjo de luz”, isto é, se disfarça de servo de Deus para enganar os cristãos imaturos, que ainda não estão bem alicerçados na Palavra de Deus (2 Coríntios 11.13-15).

O diabo também é citado na Bíblia como “o deus deste século” (2 Coríntios 4.4), isso porque ele trabalha cegando o entendimento das pessoas para que elas não compreendam a verdade revelada por Cristo, e jamais venham a entregar-se a Deus. O conhecimento da verdade conduz a aproximação dos homens a Deus, por isso que as hostes do mal trabalham arduamente para que as pessoas permaneçam longe da verdade de Sua Palavra. Jesus disse que quando as pessoas conhecem a verdade de Deus revelada por Ele, o diabo passa a perder sua força espiritual sobre elas, e isso significa o início de sua derrota (João 8.32,36). É por isso que a verdade tem o poder de nos libertar.

Ao diabo foi permitido controlar aqueles que estão alheios a Deus (Efésios 2.2,3). O apóstolo Pedro disse: “Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno” (1 João 5.19). Aqueles que não se submetem ao Senhorio de Cristo, que seguem o “mundo” e o seu estilo de vida pecaminoso, automaticamente fazem do diabo o seu mestre. O apóstolo João disse que não há como seguir o estilo de vida mundano e amar a Deus ao mesmo tempo (1 João 2.15-17). Inevitavelmente temos que fazer uma escolha, segundo o apóstolo Paulo não há como se assentar à mesa do diabo e à de Deus a um só tempo (1 Coríntios 10.21). Esta decisão determinará a quem servimos realmente.

O texto de Efésios 6 indica a existência de um exército de criaturas demoníacas que ajudam satanás em seus ataques contra os homens. A Bíblia dá a entender que um terço dos anjos criados por Deus caiu junto com satanás, na sua rebelião contra Deus (Apocalipse 12.4). Constantemente o diabo age tentando jogar uns contra os outros, pais contra filhos, maridos contra esposas. Ele aprisiona muitas pessoas na vida pecaminosa, provocando destruição de vidas. Satanás possui um exército organizado, que trabalha incansavelmente para realizar seus propósitos diabólicos.

Os cristãos devem vestir suas armaduras e lutar!

As instruções do apóstolo Paulo nos mostram que o diabo é um inimigo forte e poderoso (Efésios 6.10-12) e que precisamos do poder de Deus para enfrentá-lo e derrotá-lo. O apóstolo Tiago nos dá a dica de como vencê-lo: “Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4.7). A obediência é a chave para neutralizarmos a ação do diabo. Quando o cristão se submete a Deus, obedecendo a Sua Palavra, o diabo fica sem ação, impotente de nos fazer pecar. O diabo pode até nos tentar, mas é só, pois ele não pode nos obrigar a desobedecer a Deus. Se o fizermos é porque queremos, pois Deus oferece a todos o direto de escolha (livre arbítrio).

Não devemos jamais subestimar a astúcia e o poder do diabo, ele está sempre tentando nos fazer pecar, armando-nos armadilhas constantes. Uma de suas características é a persistência. Jesus acusou o diabo de ter se rebelado contra Deus, e chamou-lhe de assassino, de mentiroso e pai da mentira (João 8.44). Por isso devemos usar a Palavra de Deus como escudo de proteção contra as suas ciladas. Esta é a única forma de não cairmos na mesma condenação do diabo, pois ele já foi julgado e aguarda a execução de sua sentença. Este dia já foi determinado por Deus, mas não revelado aos homens (Mateus 24.42; Apocalipse 20.10).

Portanto, devemos permanecer sóbrios e vigiar, lembrando que somente Deus pode nos proteger do maligno. A Bíblia revela que o fim de todas as coisas está próximo (1 Pedro 4.7). Jesus voltará para buscar os fiéis (1 Tessalonicenses 4.16,17). Aqueles que conscientes ou inconscientemente seguem ao diabo, permanecendo rebeldes a Deus devem arrepender-se e crer no evangelho! Aqueles que crerem nas Palavras de Jesus serão vitoriosos, pois somente Ele nos concede poder e autoridade sobre as hostes malignas. Deus promete ser um Pai zeloso a todos os que entregam suas vidas em Suas mãos, nos protegendo de todo o mal e nos cobrindo com o Seu cuidado paternal.


“Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo”
(1 João 3.8).

“E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”
(1 João 5.20).

Jesus disse: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”

(João 8.36)

Igor Chastinet.

domingo, 24 de agosto de 2008

O Evangelho da Avareza e os Ministros da Riqueza

por Igor Chastinet
(igorjcpinho@gmail.com)


“E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas...”.
(2 Pedro 2.2,3)

Como podemos ler acima, a Bíblia já nos alertava para o fato de que, no decorrer dos séculos, haveria certos líderes religiosos que usariam a fé para lucro pessoal. O apóstolo Pedro revelou que tais líderes seriam movidos pela ganância e não pelo amor à Palavra de Deus. Vemos que nesta profecia bíblica foi revelado também que muitas pessoas seguiriam esses líderes corruptos, que se disfarçariam de homens de Deus. Estes “servos de Deus” usariam palavras fingidas para enganar o povo, e seus verdadeiros objetivos e ensinamentos seriam movidos pela avareza (amor ao dinheiro) e não pelo amor genuíno as pessoas e suas necessidades espirituais.

Nos últimos anos iniciou-se um movimento religioso em algumas igrejas evangélicas que tem atraído muitas pessoas, de várias religiões. Tal movimento é conhecido como a “teologia da prosperidade”, mas bem que poderia chamar-se também de “o evangelho da avareza”. Isto porque é possível notar que seus líderes substituíram o genuíno evangelho de Jesus, contida nas Escrituras Sagradas, por um culto exacerbado ao dinheiro. Devido à avareza de seus ministros, em certo momento de suas reuniões, não é possível distinguir se eles estão promovendo um culto a Deus ou um leilão da fé. Em seus “cultos”, eles costumam bradar em alta voz para o povo: “quem vai dar 1000 reais agora?”. Incrivelmente, esses líderes conseguem fazer com que alguns fiéis ofertem quase tudo o que possuem.

A Bíblia revela que a oferta na casa de Deus deve ser dada voluntariamente, e não por intimidação. Também não se pode estipular o valor da oferta, pois ela deve ser dada com alegria no coração (2 Coríntios 9.7). Os mestres avarentos ensinam que quanto maior for o valor financeiro envolvido na oferta, maior será a aprovação de Deus. Por outro lado, Jesus demonstrou que a quantia não significa nada, mas sim o sacrifício de amor envolvido nela (Marcos 12.41-44). Vemos que estes ministros avarentos não seguem os ensinamentos deixados por Jesus, por isso caem no erro.

Os líderes religiosos desse movimento podem ser chamados de “os ministros da riqueza”. Tais líderes assemelham-se bastante aos Fariseus, que foram líderes religiosos da época de Cristo, os quais eram extremamente avarentos, e criam que a riqueza era um sinal determinante do favor de Deus. Esses líderes também criam que a pobreza financeira era sinal de falta de fé, exatamente como os ministros da riqueza de hoje. Muitos deles têm a audácia de afirmar isto em tom sarcástico e desafiante, para todos ouvirem.

Os horários que estes ministérios da prosperidade compram na TV estão repletos de imagens de pessoas dirigindo seus carrões e vivendo em suas mansões, como se a principal missão de Jesus fosse deixar o homem milionário. Eles afirmam ainda que se alguém passa por dificuldades financeiras, é porque não tem fé. Isto é um grave insulto ao povo brasileiro, que é um povo trabalhador e que confia em Deus. É bem verdade que a Bíblia revela que Deus prospera Seus filhos, porém também revela que o dinheiro não é tudo, pois quando partirmos, não poderemos levar nada deste mundo (1 Timóteo 6.7). Não é sábio colocarmos nossa confiança em algo corruptível, que as traças roem (Mateus 6.20).

O que a Palavra de Deus realmente revela?

Jesus Cristo, o Filho de Deus, ensinou que devemos buscar a Deus em primeiro lugar, e certamente Ele nos acrescentará as coisas necessárias a nossa vida diária. Jesus enfatizou: “Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33). Mas quais são “todas estas coisas” que Jesus se referiu? Se observarmos o contexto bíblico, veremos que Jesus referia-se a vestimenta, alimentação e moradia (Mateus 6.31). São as necessidades básicas que Deus garante suprir de Seus filhos, e o que passar disso, entra na esfera da vontade direta de Deus, de acordo com Seus propósitos para cada um (1 Timóteo 6.17-19). Mas, infelizmente, não é isso que os “ministros da riqueza” ensinam com seus evangelhos distorcidos. Eles ensinam aos cristãos buscarem as bênçãos de Deus, e não o Deus da benção. Pregam um evangelho de interesses ocultos.

Em Sua Palavra, Deus jamais promete nos livrar de todos os revezes na vida. O apóstolo São Paulo, um homem de fé inabalável, disse: “... em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Filipenses 4.12,13). Apesar das dificuldades que enfrentamos, Deus nos promete ajudar, mas Ele quer que nos contentemos com aquilo que Ele nos proporciona no momento (1 Timóteo 6.8). Não devemos ser gananciosos. Deus ensina o cristão a viver pela fé, e não pela visão (2 Coríntios 5.7). O cristão vive acima das circunstâncias.

Deus jamais abandona Seus filhos, mesmo nas horas mais difíceis. Pelo contrário, Ele espera que clamemos por Sua ajuda (Jeremias 33.3), para que nossa confiança Nele aumente (Tiago 1.3). Assim como o ourives trabalha no ouro, usando o fogo para retirar suas impurezas, Deus trabalha em nós. Deus nos prova para purificar a nossa fé (1 Pedro 1.7). Deus nos capacita a reagir diante das situações, e se permanecermos fiéis, Ele nos livrará e mostrará uma saída. A vida cristã envolve obediência a Cristo mesmo diante das dificuldades e tentações. Deus garante que fará o bem surgir de todas as dificuldades que Seus filhos passarem (Romanos 8.28).

Muitos cristãos, por estarem seguindo estes ministros corrompidos, estão aprendendo que devem esperar as bênçãos de Deus somente nesta vida. O apóstolo São Paulo disse: “Se esperarmos em Cristo somente nesta vida, seremos os mais miseráveis dos homens” (1 Coríntios 15.19). É essa vida espiritualmente miserável que os mestres do “evangelho da avareza” ensinam. Porém, Jesus revelou que o maior milagre que Deus quer realizar em nossas vidas é o milagre da SALVAÇÃO e a VIDA ETERNA (João 3.16). Deus não poderia nos presentear com algo maior.

A Palavra de Deus revela que não receberemos o melhor de Deus nesta terra, mas somente na nova terra que Ele já preparou para Seus filhos fiéis (João 14.2; Apocalipse 21.1-4). Somente receberemos o melhor de Deus na eternidade, onde Ele nos dará uma vida plena, diferente desta vida sofrível que vivemos neste mundo atual. A Bíblia revela que nem mesmo em nossos mais profundos devaneios, não teríamos a capacidade de imaginar as coisas que Deus tem preparado para aqueles que O amam (1 Coríntios 2.9). A mente humana não consegue alcançar todas as maravilhas que Deus reserva para os cristãos fiéis, que tomam a sua cruz e seguem a Jesus.

A banda podre da Igreja: Jesus já nos advertiu contra os falsos mestres

Aqueles que confiam em Jesus, não se escandalizam com estes falsos ministros de Deus. Isso porque Jesus já havia nos advertido contra os falsos servos de Deus, que iriam distorcer Seus ensinamentos para justificar seus modos de vida. Jesus disse: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores” (Mateus 7.15). Muitas pessoas deixam de entregar suas vidas a Jesus por causa do repúdio que sentem por esses líderes. Porém Jesus nada tem a ver com isso. Jesus jamais ensinou este evangelho avarento, pois o amor ao dinheiro é idolatria (Efésios 5.5). A idolatria é algo abominável a Deus e diabólico. O próprio Jesus alertou que o aparecimento dessas pessoas seria uma realidade em Sua Igreja. Por isso que devemos confiar somente na Palavra de Deus, que nos alerta e previne contra o engano de homens corrompidos e desviados da verdade (2 Coríntios 11.3,4; Gálatas 1.6-8). Jesus disse que a Palavra de Deus nos liberta do engano dos homens (João 8.32).

Evidentemente que estes líderes não são cristãos verdadeiros. O apóstolo Paulo revelou que o próprio Satanás se disfarça de ministros de Deus para enganar as pessoas: “E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça” (2 Coríntios 11.14). Porém, não é sensato generalizar, porque o remanescente fiel sempre existiu na Igreja de Cristo e sempre existirá até o dia do julgamento final, dia em que todos os homens serão julgados (2 Coríntios 5.10). A Bíblia revela que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus (Romanos 14.12). Por isso não adianta generalizar, pois aqueles que não se converterem, igualmente serão condenados (Lucas 13.3). Sem Cristo não há esperança de salvação.

Jesus também falou sobre o “joio”, que é a parte podre da Igreja. Jesus garantiu que os tais, que não são cristãos verdadeiros, seriam lançados na fornalha de fogo no dia do juízo final (Mateus 13.41,42). E terrível coisa é cair nas mãos do Deus Vivo (Hebreus 10.31). O apóstolo Pedro revelou o destino final dos mestres corruptos, que zombam de Deus: “Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva” (2 Pedro 2.17). Certamente estes não estarão numa situação favorável diante de Deus no dia do julgamento. A justiça divina é perfeita e imparcial. Deus não faz distinção de pessoas, e a despeito de posição social e financeira, tudo o que o homem plantar, isso colherá (Gálatas 6.7).

Ao mesmo tempo em que Jesus condenou os falsos profetas (joio), Ele também falou sobre os verdadeiros servos de Deus. Jesus os classificou como “trigo”, isto é, a parte boa de Sua Igreja, aqueles que permanecem incorruptíveis. Estes possuem temor a Deus. Apesar da corrupção moral e financeira ser bastante evidente nas igrejas da atualidade, ainda existe os verdadeiros servos de Deus, que apascentam as ovelhas de Jesus com amor, seguindo e pregando a verdade (Efésios 4.15). Estes não enganam, pois temem verdadeiramente ao Senhor.

Avareza: o atalho mais rápido para a perdição

O dinheiro, em si, não é mau. A Bíblia não diz em parte alguma que o dinheiro é perigoso, mas revela que o “amor ao dinheiro” é motivo de perdição para muitos: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1 Timóteo 6.10). E é justamente isto que os ministros da riqueza fazem, amam o dinheiro e ensinam as pessoas a amá-lo também. A cobiça pelo dinheiro leva muitas pessoas a se desviarem da fé verdadeira, pois domina e escraviza o coração. Por isso que muitos servos de Deus começam sua caminhada cristã com sinceridade, porém se deixam enganar pela sedução das riquezas.

Justamente por isso que Jesus disse que não se pode servir a dois senhores (Mateus 6.24), porque se nos dedicarmos a um, automaticamente desprezaremos ao outro. É possível servir a Deus e ter dinheiro, porém não há como servir a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo. Se não tivermos cuidado, a dedicação ao acúmulo de riquezas pode sufocar a nossa fé e corromper o nosso caráter. Por isso que a Palavra de Deus nos alerta várias vezes contra o perigo do amor ao dinheiro. Jesus também disse que onde está o tesouro do homem, ali está o seu coração (Mateus 6.21). Se fizermos do dinheiro o nosso tesouro, certamente é nele que estará o nosso coração. Como vimos antes, Jesus nos ensinou a colocar os nossos corações em Deus, e Ele suprirá todas as nossas necessidades mais profundas (Mateus 6.33).

A avareza é um pecado perigoso, pois facilmente conduz a outros pecados, como a mentira e a desonestidade. Jesus disse: “Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” (Lucas 12.15). O valor de uma pessoa não consiste no valor de seus bens. Esse ensinamento pode ser ridicularizado por alguns que amam o dinheiro. E Infelizmente essa foi a reação de alguns líderes religiosos diante das Palavras de Jesus (Lucas 16.14). Curiosamente, os “ministros da riqueza” fazem o mesmo. Igualmente zombam dos verdadeiros servos de Deus, que combatem a exagerada “teologia da prosperidade” e pregam a verdade revelada na Palavra de Deus, mesmo que não seja popular e agradável (Gálatas 1.10). Mais importa obedecer a Deus (Atos 5.29).

Diante dessa triste realidade, os cristãos verdadeiros não devem perder o ânimo de buscar e servir ao verdadeiro Deus, o Pai de Jesus Cristo, que nos ama de tal maneira que sacrificou Seu próprio Filho para nos livrar de Sua ira justa contra um mundo tão perverso e rebelde a Sua vontade (Romanos 5.9). Devemos confiar somente na Palavra de Deus, assim estaremos seguros e não seremos mais meninos nas questões de fé (Efésios 4.14). Ao aceitarmos Jesus, podemos não nos tornar milionários, mas aqueles que aceitam tomar a cruz e seguí-Lo (Marcos 8.34), certamente encontrarão a verdadeira riqueza, a riqueza espiritual, as quais Deus nos dará na eternidade:

“As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam”.
(1 Coríntios 2.9)


Igor Chastinet.

sábado, 14 de junho de 2008

Apocalipse: Os Sinais do Fim do Mundo

por Igor Chastinet
(igorjcpinho@gmail.com)


Jesus disse: “Ouvireis falar de guerras e de rumores de guerra. Atenção: que isso não vos perturbe, porque é preciso que isso aconteça. Mas ainda não será o fim. Levantar-se-á nação contra nação, reino contra reino, e haverá fome, peste e grandes desgraças em diversos lugares.”
(Mateus 24.6)

Jesus disse isto há cerca de 2000 anos. Alguém arriscaria dizer que tudo isto não está acontecendo? Jesus citou todas estas calamidades logo após os apóstolos lhe questionarem sobre quais seriam os sinais que precederiam o fim do mundo, uma pergunta muito natural até mesmo nos dias atuais. Muitas pessoas têm esta mesma curiosidade e também se perguntam sobre os sinais do apocalipse, ou seja, os sinais do fim do mundo. Este tema tornou-se polêmico em todo o mundo, por isso o assunto tem despertado bastante interesse nos produtores de cinema. Então, nada mais natural que os discípulos de Jesus também desejassem saber sobre algo tão intrigante. Por isso resolveram perguntar a Jesus. E como podemos ler, a resposta de Jesus foi realmente espantosa. Creio que os discípulos ficaram boquiabertos com as revelações do Senhor.

Um dos sinais citados por Jesus são as guerras (nação contra nação, reino contra reino). Sabemos que muitos homens justificam a guerra com o pretexto de buscar a paz. Mas a verdadeira paz não se consegue pelo uso da violência. Com certeza essa não é a vontade de Deus (Mateus 5.39). A paz que o homem tanto busca é uma utopia, ou seja, nunca será alcançada. Isso porque Jesus declarou: “Tudo isto será apenas o início das dores” (Mateus 24.8). Jesus falou que todos estes sinais são apenas o começo de algo ainda pior: “Porque então a tribulação será tão grande como nunca foi vista, desde o começo do mundo até o presente, nem jamais será” (Mateus 24.21). O mundo passará por uma aflição jamais vista em toda a sua história. Esta declaração derruba qualquer pretexto humano para justificar as guerras.

Jesus concede a Sua paz para todos aqueles que O buscam em oração. Jesus nos disse minutos antes de concluir Seu propósito na terra: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14.27). Jesus quis dizer que a paz que o mundo busca não é a mesma paz que Ele quer nos oferecer. A paz que Jesus oferece é uma paz independente da ação humana. É a paz em meio a guerras, tribulações e adversidades. Por exemplo, o apóstolo Paulo orou e cantou louvores a Deus numa prisão, mesmo tendo sido encarcerado injustamente (Atos 16.25). Não que Paulo estivesse contente pelo seu infortúnio, mas a atitude de Paulo revela a paz que o Espírito Santo pode conceder ao cristão nas circunstâncias mais difíceis. A paz que Paulo sentiu naquela difícil situação devia-se ao fato de que ele sabia que Deus está sempre no controle, e costuma intervir em favor de Seus servos (Salmo 34.19), tanto que o Senhor o livrou miraculosamente daquela situação (Atos 16.26).

A paz interior que Paulo sentiu quando preso é uma demonstração clara de como o Espírito Santo age na vida do cristão que ora e confia no Senhor (1 Pedro 3.12). A paz do cristão fiel não depende de situações externas, mas sim da certeza de que ele está vivendo para agradar a Deus, mesmo que isto importe em perseguição. Jesus e os apóstolos disseram que as perseguições são inevitáveis (Mateus 5.11,12; 2 Timóteo 3.12). A paz que Jesus oferece é a paz que Paulo experimentou na prisão, é a paz que o entendimento humano é incapaz de compreender. A paz de Deus pode ser alcançada por qualquer cristão, através da oração: “Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração... e a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos em Cristo Jesus” (Filipenses 4.6,7). A paz de Deus não é algo racional, porque não provém da mente, mas do Espírito. Para o cristão a paz de Deus é a certeza de que tudo está bem entre ele e seu Pai celestial. Esta é a paz verdadeira, a paz interior, a qual somente Deus é capaz de proporcionar.

Quando o homem se entrega a Jesus ele não deve se preocupar demasiadamente com as terríveis coisas que estão acontecendo no mundo (Mateus 6.34), isso porque não há como controlar estes eventos, além disso, tudo isto já foi previsto por Deus. Não que Deus seja o causador dos males que atingem a humanidade, nem os males naturais e nem tão pouco as desgraças sociais. Mas tudo isso acontece devido à natureza egoísta e autodestrutiva do homem, pois muitos têm condições e oportunidades de ajudar ao próximo, porém nada fazem. O mundo está como está justamente porque os homens estão distantes de Deus e de Seus padrões de comportamento. Por isso os homens fazem guerra. Porém, a Bíblia revela que Deus destruirá todos aqueles que destroem a terra (Apocalipse 11.18).

Este mundo em que vivemos está dominado pelo pecado e será destruído no dia da ira de Deus. Segundo a Palavra de Deus, o mundo será destruído com fogo: “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão” (2 Pedro 3.10). É impossível que Deus minta (Hebreus 6.18). E não há nada que possamos fazer para que Deus mude de idéia (Números 23.19), pois é o próprio homem e que faz suas escolhas, Deus apenas as aceita. Jesus já nos alertou que todos estes sinais não deve ser motivo de preocupação. Isto porque a paz dos cristãos vem de Deus, e não dos homens. É uma paz diferente, que só é possível para aquele que possui o Espírito Santo através da conversão a Cristo.

Assim como está escrito, Jesus voltará como um ladrão, ou seja, numa hora que ninguém espera. Depois que Jesus levar para si todos aqueles que foram fiéis a sua palavra (1 Tessalonicenses 4.16,17), virá o dia da ira de Deus, revelado como o Dia do Senhor. A ira divina será desferida contra os homens inconversos, que insistem em continuar agindo contra a Sua vontade revelada em Sua Palavra (Apocalipse 6.17). Por isso devemos buscar conhecer e meditar diariamente nas Escrituras, pois elas são o alimento do nosso espírito. A Bíblia é a bússola que aponta o caminho da salvação (2 Timóteo 3.15).

Somente aqueles que se arrependerem e se entregarem a Jesus serão poupados da ira de Deus. Os verdadeiros cristãos serão colocados sob as asas de Deus: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tessalonicenses 5.9). O destino dos cristãos não é a ira de Deus, mas a salvação da justa condenação que antes merecíamos por nossos erros. Mas aquele que aceita o presente de Deus (Seu Filho) estará fora de condenação (Romanos 8.1,32). Estes passaram da morte para a vida, das trevas para a luz (1 Pedro 2.9,10).

As pessoas precisam dar mais importância as Palavras que Jesus revelou. Algumas pessoas vivem num perigoso auto-engano. Muitos se consideram cristãos, quando nem sequer reconhecem seus erros diante de Deus e nem buscam corrigi-los. Poucos buscam o perdão através de Jesus. Está cada vez mais raro encontrar pessoas que realmente entendem o plano de Deus, isto é, que são pecadoras e necessitam viver em santidade para serem poupados da ira divina. Segundo os padrões de Deus, o verdadeiro cristão é imitador da vida de Jesus: “Aquele que afirma permanecer nele (Jesus) deve também viver como ele viveu” (1 João 2.6). Muitos se intitulam cristãos, mas não se interessam realmente por Jesus, pois vivem na imundícia. As pessoas dizem que O tem no coração, mas não gostam de ouvir sobre Ele.
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Os verdadeiros cristãos devem levar um padrão de vida diferente das pessoas que não conhecem Jesus. Como o próprio Jesus disse, o cristão deve o sal e a luz do mundo (Mateus 5.13-16). Os cristãos, com seu modo de viver, devem iluminar as trevas ora tão evidentes no mundo e dar-lhe um novo gosto. Os cristãos devem viver uma vida moralmente superior aos pagãos, que não tem compromisso com Deus. O verdadeiro cristão deve agir de tal modo que consiga influenciar as pessoas a perceberem que obedecer a vontade de Deus é a decisão mais sábia a se tomar.

Segundo a Bíblia, o mundo será destruído juntamente com todos aqueles que desprezam o amor de Deus por não se aproximarem de Jesus. A única forma para o homem escapar da ira de Deus é o ARREPENDIMENTO E CONVERSÃO. A Bíblia declara: “O Senhor não retarda o cumprimento de sua promessa, como alguns pensam, mas usa da paciência para convosco. Não quer que alguém pereça; ao contrário, quer que todos se arrependam” (2 Pedro 3.9). Deus está sendo paciente somente para que todos tenham tempo de se arrepender, aproximar-se Dele para que sejam transformados pelo Seu amor.

O apóstolo São Pedro, perante uma multidão de cinco mil pessoas, declarou: “Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos para serem apagados os vossos pecados” (Atos 3.19). Mas o que significa “se converter”? Conversão significa mudança de rumo, ou seja, significa tomar uma nova direção, buscando viver segundo os padrões que Deus estabeleceu em sua Palavra. Devemos crer no evangelho (mensagem) de Jesus, pois Ele disse: “Arrependei-vos, e crede no evangelho” (Marcos 1.15). Jesus é a única solução que Deus encontrou para salvar o homem da destruição que o pecado causa na vida das pessoas. O pecado é o principal motivo e o grande causador do “vazio” que o homem sente em seu interior.

Jesus disse que Sua missão é nos dar uma vida melhor: “Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância” (João 10.10). Jesus nos oferece uma vida diferente, uma vida realmente abundante! Jesus diz para todos os que estão cansados de um mundo cruel, injusto e hostil: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus 11.28). Jesus aceitará todos aqueles que se arrependerem e se entregarem a Ele. Jesus está esperando pelos que se sentem oprimidos por este mundo mau, e deseja cobri-los com Sua paz celestial é preparará um lugar especial na eternidade (João 14.2). Aqui está um dos versículos mais conhecidos da Bíblia: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Poucos percebem realmente o quanto Deus nos ama.

Deus mostrou o seu infinito amor ao enviar seu único Filho para morrer por nós, mesmo que todos nós sejamos pecadores: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8). A salvação é um dom gratuito de Deus. Mas como tudo o que é gratuito, temos que estender as mãos para recebê-la. Ninguém poderá fazer isso em nosso lugar. Cabe então a cada um aceitar ou rejeitar tão grande ato de amor. Devemos refletir e pensar. Em meio a tantas guerras e tribulações Jesus é onde podemos encontrar descanso e PAZ. Jesus nos diz:

“NÃO se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas... Vou preparar-vos lugar”.
(João 14.1,2)

Igor Chastinet.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

A Corrida Celestial: O Esporte do Cristão

por Igor Chastinet
(igorjcpinho@gmail.com)

“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis”.
(1 Coríntios 9.24)

Estas palavras foram escritas pelo apóstolo Paulo, o maior missionário da história da igreja de Jesus Cristo. Mas a que será que ele estava se referindo? Podemos dizer que Paulo estava se referindo à corrida celestial. Paulo estava comparando a nossa vida cristã a uma corrida. Poderíamos até chamá-la de “Corrida de São Celeste”. Todo cristão que intenta alcançar o prêmio da eternidade deve inscrever-se e participar dessa corrida. Paulo fez uma analogia a uma corrida olímpica, a qual já era realizada naquela época.

Sabemos que numa corrida, apesar de haver muitos corredores, apenas um leva o prêmio maior. Mas na corrida cristã é diferente, pois todos podem levar o prêmio, contanto que todos se esforcem para chegar até o fim (Mateus 24.13). Jesus disse que na casa de Deus há muitas moradas (João 14.2). Jesus quis dizer que na eternidade há lugar para todos. A intenção do apóstolo Paulo ao escrever o versículo-chave acima foi de nos alertar sobre a importância da dedicação à vida cristã. Assim como um corredor se prepara para uma corrida, os cristãos devem se esforçar ao máximo para alcançar a vitória final: a salvação.

Sabemos que um corredor precisa se preparar para a corrida. Isso quando ele quer se sair bem na prova. Muitas vezes o competidor tem que deixar de fazer aquilo que lhe agrada para que consiga atingir seu alvo. Tudo isso somente porque ele tem uma meta a ser atingida. Assim também deve ser o cristão. Ele deve abster-se de todos os hábitos que atrapalhariam o seu relacionamento com Jesus. É preciso tomar a cruz agora (Marcos 8.34), para que somente depois que Jesus retornar, possamos trocá-la por uma coroa.

As Escrituras revelam: “E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível” (1 Coríntios 9.25). Podemos perceber que todo corredor luta para alcançar uma “coroa” ao fim da prova. Mas a “coroa” deste mundo é uma “coroa” corruptível, ou seja, que não dura muito tempo. Mas a coroa celestial, que nós cristãos buscamos, é uma coroa eterna, a qual é incorruptível; que nunca se acabará. Receberemos essa coroa das mãos do próprio Jesus!

Mas para que alguém possa sair-se bem na corrida celestial, é necessário que siga o que está escrito a seguir: “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão...” (1 Coríntios 9.27). Assim como na vida de um atleta deste mundo, também é necessário haver renúncia na vida cristã. Para alcançar a coroa incorruptível, temos que treinar nosso corpo para servir a Jesus, e fazer isso com alegria. O apóstolo Paulo tem algo a nos ensinar: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (1 Coríntios 15.58). O trabalho cristão nunca será em vão, pois Cristo promete a recompensa.
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O apóstolo Paulo, no fim de sua vida cristã declarou com muita alegria e esperança: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2 Timóteo 4.7,8). O apóstolo Paulo possuía a verdadeira fé cristã, pois cria que Jesus estava guardando o seu prêmio. Todo cristão deve se dedicar a tal ponto que no fim de suas vidas possam olhar para Jesus e declarar o mesmo que este abençoado e dedicado servo de Jesus Cristo.

A coroa da vida já está preparada por Jesus, mas será entregue apenas para aqueles que o amam, obedecem e esperam o seu retorno. Jesus nos diz: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2.10). Jesus entregará essa gloriosa coroa somente para aqueles que forem fiéis as suas palavras. Aqueles que se mantiverem firmes até o FIM. Jesus também diz: “Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo” (Mateus 24.13). Vemos que aqueles que abandonam a corrida antes do fim não terão recompensa. Nenhum corredor jamais recebeu um prêmio sem antes ter atingido a linha de chegada! Jesus fez um alerta para TODOS os cristãos. E esse não é o único que Ele fez.

O apóstolo Paulo foi um exemplo para nós. Ele nos instrui a seguir seu exemplo quando diz: “Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar” (1 Coríntios 1.26). Devemos correr, não de modo incerto, mas de modo firme e perseverante. Devemos correr de tal modo que alcancemos o alvo. Para isto devemos fazer um exame diário de nosso relacionamento com Jesus. Devemos nos perguntar: Como está a minha vida espiritual? Estou alimentando o meu espírito através da leitura da Palavra de Deus? Estou conversando com Jesus freqüentemente? Estou buscando produzir coisas boas para Deus?

Devemos fazer um auto-exame regularmente. O apóstolo Paulo nos faz um último alerta quando diz: “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados” (2 Coríntios 13.5). Assim como nós precisamos fazer exames de rotina para avaliarmos a nossa saúde física, também é necessário fazermos exames espirituais periódicos. Só que o médico que nós devemos consultar é Jesus Cristo!

Vemos em todas as palavras e versículos bíblicos que foram mencionados acima que devemos nos dedicar a vida cristã. Somente desta forma encontraremos o caminho da vida eterna, passando pela porta estreita (Mateus 7.13,14). Muitas pessoas dizem que já aceitaram Jesus. Dizem até que o tem no coração desde que nasceram. Mas será que isto é suficiente? Será que palavras vazias são suficientes para Jesus? Será que Ele não exige obediência? Deixarei que essas perguntas sejam respondidas por Jesus.

Jesus disse: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra... Quem não me ama não guarda as minhas palavras...”.
(João 14.23,24)


Que deus abençoe a todos! Amém.

Igor Chastinet.